FMI reafirma apoio à Argentina

Reformas politicos e economicos
eyesonsuriname
Amsterdam, 25 de Abril de 2025–A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, mais uma vez expressou seu apoio às políticas econômicas da Argentina após um encontro com o ministro da Economia argentino, Luis Caputo, durante as Reuniões de Primavera do FMI e do Banco Mundial em Washington.

“Excelente reunião onde compartilhamos o progresso do programa econômico, especialmente neste difícil contexto global. Muito obrigado, Kristalina Georgieva”, postou Caputo.
As discussões se concentraram no progresso do Programa de Facilidades Estendidas (EFF) do país sul-americano, iniciado em 11 de abril e que já demonstrou reações positivas nos mercados.
Georgieva e Caputo “compartilharam a visão sobre a reação positiva do mercado à implementação do novo programa, confirmando sua solidez, mesmo em um contexto global mais desafiador devido à alta volatilidade nos mercados”, disse também o Ministério da Economia argentino em comunicado.

“Além disso, neste primeiro encontro após a aprovação do programa, houve reconhecimento por parte das autoridades do FMI a toda a equipe econômica, e foi destacada a importância de continuar trabalhando juntos de forma construtiva,” acrescentou a nota oficial.
O FMI aprovou um novo EFF, fornecendo à Argentina US$ 20 bilhões em financiamento, incluindo um desembolso de US$ 12 bilhões. Tanto Georgieva quanto Caputo reconheceram a robustez do programa, apesar da volatilidade nos mercados globais.

Além disso, o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, endossou as reformas econômicas da Argentina sob o presidente Javier Milei, chamando o país de um exemplo forte e merecedor do apoio do FMI.
Bessent destacou o progresso da Argentina no cumprimento das metas financeiras e enfatizou o papel do FMI na promoção da estabilidade econômica por meio de empréstimos responsáveis, observando que a agência de crédito global deve responsabilizar os países pelo cumprimento das reformas e pode recusar empréstimos àqueles que não cumprirem.

“A Argentina é um bom exemplo. Estive na Argentina no início deste mês para demonstrar o apoio dos EUA aos esforços do FMI para ajudar o país a se reestruturar financeiramente.
A Argentina merece o apoio do FMI porque está fazendo progressos reais no cumprimento das metas financeiras”, disse Bessent.
“Quando feito com responsabilidade, o empréstimo do FMI é fundamental para sua contribuição à economia global: quando os mercados falham, o FMI entra em ação e fornece recursos.
Em troca, os países implementam reformas econômicas para resolver seus problemas de balanço de pagamentos e impulsionar o crescimento econômico.

As reformas realizadas durante esses programas são algumas das contribuições mais importantes do FMI para uma economia global forte, sustentável e equilibrada,” acrescentou ele durante um evento organizado pelo Institute of International Finance (IIF).
“Mas nem todos os países merecem isso. O FMI deve responsabilizar os países pela implementação de reformas econômicas. E às vezes o FMI precisa dizer não. A organização não é obrigada a emprestar.
Não tem a obrigação de emprestar a países que não implementam reformas. Estabilidade e crescimento econômicos devem ser os indicadores de sucesso do FMI, não o volume de dinheiro emprestado,” concluiu