María Corina Machado Prêmio Nobel da Paz
Líder da oposição venezuelana lutando pela democracia
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Amsterdam, 10 de 10 de 2025– Comitê Nobel Norueguês concedeu o Prêmio Nobel da Paz de 2025 à líder da oposição venezuelana María Corina Machado, reconhecendo-a por “seu trabalho incansável promovendo direitos democráticos para o povo da Venezuela” e “sua luta por uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia.”
Machado, de 58 anos, passou quase um ano escondida devido à perseguição política do governo de Nicolás Maduro e se tornou a primeira venezuelana a receber a distinção. “Como líder do movimento democrático na Venezuela, María Corina Machado representa um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos,” disse Jørgen Watne Frydnes, presidente do Comitê Nobel, durante o anúncio.
O comitê destacou o papel unificador de Machado dentro da oposição venezuelana historicamente dividida, creditando-a por ajudar a construir uma frente comum em torno da demanda por eleições livres e governo representativo.
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Filha de um proeminente empresário do setor siderúrgico, Machado era a favorita da oposição nas eleições presidenciais de 2024, mas foi desqualificada pelo Controlador-Geral pró-governo. Nas primárias da oposição de outubro de 2023, ela conquistou impressionantes 92,5% dos votos, consolidando sua liderança.
Após as eleições contestadas de julho de 2024, amplamente condenadas pela comunidade internacional, o Procurador-Geral da Venezuela abriu uma investigação contra Machado por supostamente apoiar sanções dos EUA contra Caracas. Desde então, ela tem vivido em sigilo, reaparecendo brevemente em janeiro durante protestos contra a posse de Maduro.
“Este prêmio não é para mim, mas para todos os venezuelanos que continuam acreditando na liberdade e na democracia apesar da repressão,” disse Machado em uma declaração divulgada por sua equipe após o anúncio.
O Prêmio Nobel da Paz, concedido anualmente desde 1901, homenageia indivíduos ou organizações que fizeram contribuições excepcionais para promover a paz e a fraternidade entre as nações. Em 2024, o prêmio foi para a Nihon Hidankyo, a associação nacional japonesa de sobreviventes da bomba atômica de Hiroshima e Nagasaki.