Nova Gigante da Aviação: Azul e Gol Selam Acordo de Fusão Histórica
eyesonbrasil
Amsterdão, 16 de Jan.de 2025–As companhias aéreas brasileiras Azul e Gol anunciaram quarta-feira, após o fechamento das negociações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que assinaram um memorando de intenções para finalizar uma fusão pela qual uma das maiores companhias aéreas da América Latina seria criada. Se o plano for aprovado, a companhia aérea resultante terá uma participação de 60% no maior país da América Latina, desafiando assim a hegemonia da América Latina.
Assinando os papéis em nome da Gol estava o Grupo Abra, com sede no Reino Unido, que será o maior acionista da empresa resultante da fusão e atualmente possui a maioria da Avianca Holdings da Colômbia.
“As melhorias na oferta aos clientes e as eficiências geradas por esta transação permitirão que a entidade resultante continue a crescer e desenvolver a aviação no Brasil, por meio de uma rede que atende o maior número de destinos no Brasil, apoiada por uma frota flexível e focada na excelência do serviço”, diz o comunicado da Azul.
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Além de outros detalhes empresariais, como o ápice da atual reestruturação da dívida judicial da Gol nos Estados Unidos, a fusão precisaria da aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), órgão antitruste do governo federal, o que deve levar cerca de um ano.
O CEO da Azul, John Rodgerson, disse que conversou sobre a operação há cerca de oito meses com o presidente Luiz Inácio Lula Silva, que favoreceu uma empresa nacional robusta, segundo a Folha de São Paulo
A nova entidade única teria suas ações listadas na bolsa de valores brasileira. “A combinação dessas duas empresas nos permitirá ter um setor aéreo mais forte no Brasil, com melhor alcance conectando-se a locais mais remotos”, disse o diretor financeiro (CFO) da Abra, Manuel Irarrazaval. “Mas também garantirá que tenhamos empresas fortes o suficiente para sobreviver na região e particularmente no Brasil.”
O acordo ocorre após anos de turbulência causada pela pandemia de Covid-19 que forçou algumas das maiores companhias aéreas a se reestruturarem, mesmo com a recuperação da demanda por viagens.
A Gol entrou com pedido de falência no ano passado e a Azul passou quase seis meses negociando com credores em um processo de reestruturação para reduzir sua dívida. Irarrazaval disse que a fusão só poderia ir adiante depois que a Gol saísse do processo de falência.
Ambas as empresas estão listadas na bolsa de valores brasileira, mas possuem certificados de depósito dos EUA que são negociados em Nova York. As ações da Azul caíram 51% nos últimos seis meses, enquanto as da Gol ganharam 31,5%, segundo a Bloomberg.