Novo BRICS Banco de Desenvolvimento oferece oportunidades de financiamento

Dilma Rousseff
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Amsterdã, 28 de dezembro de 2024 – A ex-presidente brasileira Dilma Rousseff, que agora preside o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) dos BRICS, disse na sexta-feira, após se reunir com o presidente eleito do Uruguai, Yamandú Orsi, na sede de transição deste último, que o país sul-americano estava “melhor posicionado” para acessar financiamento a taxas mais baixas para desenvolvimentos digitais, de infraestrutura social e educação.
“O Uruguai está perfeitamente posicionado para receber crédito”, destacou Dilma Rousseff ao insistir nas peculiaridades do NDB, como “as taxas [de juros] mais baixas do mundo”, devido às quais ela sugeriu a adesão do Uruguai.

Ao contrário do Fundo Monetário Internacional (FMI), o NDB nunca estabeleceria quaisquer “condições macroeconômicas”, argumentou ela.
Dilma também admitiu que Orsi estava muito interessado na proposta. “É muito importante concluir a adesão do Uruguai ao BRICS NDB”, insistiu, observando que o processo “está quase concluído”, depois de “já ter sido aprovado pelo conselho de governadores”, embora o aceno de “diferentes órgãos institucionais”, como o Congresso, ainda estivesse pendente.
“Para nós, é importante que o Uruguai participe do banco”, acrescentou. “A expansão de novos membros é algo estratégico, não apenas países da Ásia Central, Sul da Ásia, Oriente Médio, mas mais países da América Latina”, explicou ainda.
Também estiveram presentes na reunião o futuro secretário presidencial Alejandro Sánchez, que também é assessor de Orsi para assuntos internacionais, bem como outros membros do gabinete do governo a serem empossados em 1º de março.
Enquanto isso, Orsi destacou que o NDB era “um banco que oferece, como todos os bancos, seu apoio aos países do Sul, fundamentalmente diante de um mundo que não espera por você” em um momento em que “a América Latina precisa do apoio de todas essas entidades”.
Ele também ressaltou que o Uruguai não estaria acessando um empréstimo, mas “uma linha de trabalho” que “será vista”, então “tudo deve ser explorado” e “nada deve ser desperdiçado”.
Orsi também disse que conversas com outras agências de crédito, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), estavam em sua agenda. “O mundo de hoje é complexo e as oportunidades de recursos, financiamento e apoio não devem ser negligenciadas”, destacou.
“O Uruguai está acostumado a trabalhar com outras entidades históricas, e isso é muito novo”, acrescentou. Ele também deixou claro que o Uruguai não buscaria ingressar no bloco BRICS.
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