106.546.362.096,00 euros
os US$ 111 bilhões
Exploração brasileira de petróleo e gás
eyesonsuriname
Amesterdão, 22 de novembro de 2024 – A gigante brasileira de petróleo e gás Petrobras planeia gastar 111 mil milhões de dólares [ou 106.546.362.096,00 euros] nos próximos cinco anos, entre 2025 e 2029, dos quais 77 mil milhões de dólares são destinados a atividades de exploração e produção de petróleo e gás, segundo para um depósito de valores mobiliários, e tornando o país o mais importante produtor de petróleo e gás na América do Sul.
As despesas reportadas de 111 mil milhões de dólares pela gigante brasileira de petróleo e gás Petrobras, particularmente com o seu interesse em expandir as suas operações no Suriname, sinalizam um movimento ousado e estratégico para consolidar a sua posição como um interveniente dominante no sector energético da região. Aqui está uma análise detalhada:
Plano de investimentos Grande
- A alocação de um orçamento tão significativo pela Petrobras demonstra sua confiança na lucratividade de longo prazo da exploração, produção de petróleo e gás e infraestrutura associada.
- O Suriname, com as suas descobertas de petróleo offshore em rápido crescimento, oferece uma atraente oportunidade de crescimento. Ao expandir as operações lá, a Petrobras provavelmente procurará diversificar a sua base de recursos e capitalizar o potencial inexplorado da região.
- Conexão com a transição energética
- À medida que a Petrobras continua a focar nos hidrocarbonetos, o cenário energético está mudando em direção às energias renováveis. Este enorme investimento levanta questões sobre a preparação da empresa para uma transição global para fontes de energia mais limpas.
- Será importante ver se parte deste investimento também se concentrará na descarbonização das operações ou na exploração de novas tecnologias para reduzir o impacto ambiental.
O papel do Suriname na estratégia regional
- Os blocos petrolíferos offshore do Suriname atraíram a atenção global, tal como a situação na Guiana, talvez ainda mais, com intervenientes importantes como a TotalEnergies e a ExxonMobil já activos no Suriname, Apache Oil e outros.
- A entrada da Petrobras poderia fortalecer os laços energéticos entre o Brasil, o Suriname e a Guiana e fortalecer a influência do Brasil no geopoliticamente importante Corredor Energético Atlântico.
- Contexto económico e geopolítico
- O governo brasileiro, um dos principais interessados na Petrobras, pode ver isto como uma manobra geopolítica para fortalecer a liderança do Brasil na América do Sul. Além disso, o investimento poderá gerar emprego, progresso tecnológico e benefícios económicos tanto para o Brasil como para o Suriname.
Riscos e desafios
- Um desembolso financeiro tão grande não é isento de riscos, especialmente num mercado petrolífero volátil, onde os preços podem flutuar devido às condições económicas globais ou às tensões geopolíticas.
- A Petrobras foi criticada no passado por corrupção e má gestão financeira. Será fundamental garantir a transparência e a responsabilização na atribuição destes recursos.
Este movimento é um risco muito calculado e tipicamente brasileiro, refletindo a ambição da Petrobras de garantir o seu futuro no setor de petróleo e gás, apesar dos desafios iminentes da transição energética global. As reservas promissoras do Suriname apresentam uma oportunidade significativa para a Petrobras, mas a empresa deve equilibrar este investimento com uma estratégia mais ampla para se adaptar ao mercado de energia em evolução.
O sucesso desses gastos dependerá das condições de mercado, da eficiência operacional e da capacidade da Petrobras de enfrentar eficazmente os desafios regulatórios e ambientais.
O novo valor de gastos é US$ 10 bilhões maior do que uma versão anterior do plano de investimento, que fixava os gastos de exploração e produção em US$ 73 bilhões. Esse plano anterior foi, por sua vez, uma revisão em alta de uma versão ainda anterior do orçamento para 2025-2029, que era de 102 mil milhões de dólares.
No entanto, as despesas relativas a 2025, especificamente, foram ajustadas em baixa em outubro. Inicialmente definido em US$ 21 bilhões, o plano de gastos da empresa para o ano agora é de US$ 17 bilhões, o que a Petrobras disse ser um número mais realista, alinhado com sua solidez financeira.
De acordo com a última revisão, a produção diária resultante desses investimentos equivale a 3,2 milhões de barris de óleo equivalente, consolidando a posição do Brasil como o maior produtor de petróleo e gás da América do Sul. O plano também inclui uma alocação de 20 mil milhões de dólares para refinação, transporte, comercialização, petroquímica e fertilizantes.
A Petrobras produz atualmente aproximadamente 2,7 milhões de equivalentes de petróleo, com base nos números do terceiro trimestre.
Essa média diária representou um ano queda mensal na produção de 6,5%, com a produção da zona pré-sal caindo 2,7% no trimestre. A produção de petróleo caiu 8,2% para 2,13 milhões de barris por dia no terceiro trimestre.
Isto seguiu-se a um aumento de produção no segundo trimestre para 2,7 milhões de barris de petróleo equivalente por dia, um aumento de 2,4% em relação ao primeiro trimestre, quando os trabalhos de manutenção em plataformas offshore levaram a uma queda de 25% na produção.
No futuro, a gigante estatal de energia do Brasil se concentrará em aumentar a produção dos campos existentes, disse a empresa no início deste ano, ao mesmo tempo que busca diversificar seu portfólio sem perder o foco em seus ativos lucrativos. O combate ao esgotamento natural dos campos maduros será outro foco da empresa entre 2025 e 2029.eyesonsuriname