A Irlanda suporte Amazônia
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social apoia a conservação, monitoramento e desenvolvimento sustentável.
eyesonbrasil
Amsterdam, 14 de março de 2025–A Irlanda tornou-se o oitavo doador do Fundo Amazônia do Brasil, contribuindo com € 15 milhões, conforme anunciado na quinta-feira. O fundo, gerenciado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apoia a conservação, monitoramento e desenvolvimento sustentável na Amazônia e já financiou 123 projetos desde 2009.
Por mais de 50 anos, o BNDES tem sido uma das forças motrizes por trás do desenvolvimento brasileiro, oferecendo vários mecanismos de apoio financeiro a empresas, indivíduos e entidades da administração pública. A crescente importância do Brasil no cenário mundial, juntamente com a interdependência das economias globalizadas, tem compelido o BNDES a ampliar seus horizontes e intensificar sua participação fora do Brasil também.
De fato, a conexão do BNDES com o mercado globalizado existe há muito tempo. O Banco presta total atenção às exportações no Brasil, fomentando a produção e a venda de bens produzidos localmente destinados ao comércio exterior. Além disso, o BNDES apoia a internacionalização de empresas brasileiras, visando aumentar sua competitividade que, por sua vez, impulsiona a economia global.
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O BNDES tem outras relações com o mercado global; por exemplo, com organizações multilaterais e agentes de fomento, através dos quais o Banco capta recursos e financia projetos de interesse comum. O BNDES também consolidou seu financiamento com o mercado internacional por meio da emissão de títulos.
Somente em 2024, foram destinados R$ 200 milhões (US$ 34,4 milhões na taxa de câmbio atual) para apoiar os esforços de redução do desmatamento, que caiu mais de 45% em comparação com 2022.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfatizou que o apoio da Irlanda representa um reconhecimento das conquistas do Brasil no combate ao desmatamento e às mudanças climáticas, enquanto o fundo continua atraindo parceiros internacionais comprometidos com a sustentabilidade.
O anúncio foi feito na quinta-feira, em São Paulo, durante um encontro entre Silva e o ministro dos Transportes da Irlanda, Sean Canney.
“O importante apoio da Irlanda representa um reconhecimento dos bons resultados alcançados pelo Brasil na luta contra o desmatamento e permitirá que o país avance ainda mais nessa agenda e no enfrentamento das mudanças climáticas”, afirmou Silva.
O Fundo Amazônia é um instrumento de financiamento para a conservação, monitoramento e desenvolvimento sustentável do bioma e é composto por contribuições não reembolsáveis. Desde que se tornou operacional em 2009, recebeu doações da Noruega, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, Dinamarca, Suíça e Japão. Em 2024, foram investidos R$ 200 milhões no combate ao desmatamento e a outros crimes ambientais.
Entre agosto de 2023 e julho de 2024, a taxa oficial de desmatamento na Amazônia caiu 30,63% em relação ao período anterior, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A redução no período seguinte foi ainda maior, ultrapassando 45% em relação a 2022. “Tudo isso faz diferença porque o que queremos é um novo ciclo de prosperidade, especialmente no contexto do agravamento das mudanças climáticas”, acrescentou Silva.
Desde sua criação, o Fundo Amazônia tem sido gerenciado pelo BNDES. No biênio 2023/2024, o fundo, que havia sido desmobilizado na administração anterior, foi reconstituído e arrecadou cerca de US$ 172,2 milhões em doações.
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o aumento no grupo de doadores representa um reconhecimento internacional do compromisso brasileiro com o desenvolvimento sustentável. “O BNDES, como gestor do fundo, continuará trabalhando para expandir os impactos positivos desta iniciativa e atrair novos parceiros comprometidos com a preservação ambiental e o enfrentamento da crise climática”, afirmou.